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E de repente ela acorda e parece que como mágica mais uma ruga apareceu. Como pode isso? ela se pergunta assustada, achando que, mais uma vez, o tempo só pode estar de brincadeira, sarcasmo mesmo.

Tem que ter um desenvolvimento, uma organização, algo que determine a forma como as rugas vão surgir – pensa ela indignada com o acontecimento. É um abuso que a pele se curve aos caprichos do tempo e sem nenhum protesto, e até mesmo sem pedir, venha entrando porta a dentro, causando embaraço, cansaço e insatisfação.

Dizem que o tempo é seu melhor amigo mas, ao olhar no espelho ela se estranha e analisa que tipo de amigo faz uma surpresa assim. Ao mesmo tempo que se abala, fragiliza ou algo assim, ela também se dá conta que aquele mesmo objeto de insatisfação também é o símbolo de seu aprendizado. É o símbolo da sua marcha e da força que foi obrigada a cultivar ao longo deste mesmo tempo que teima em se materializar.

De repente ela se dá conta de que já não tem mais tantos pudores, que já não sofre tanto por seus amores e que há tempo vê a vida com mais liberdade e menos apego.

De repente ela percebe que aprendeu a falar com mais autoridade e que esta vem revestida da integridade e delicadeza que não permitem se fira um coração.

De repente ela sente com mais intensidade, se emociona com mais profundidade e se aproxima sem mesmo sair do lugar. E um sorriso começa a encantar o seu rosto. Não um sorriso qualquer mas, um sorriso daqueles com alma que envolve boca, olhos e coração. No mesmo mesmo momento em que sorri consegue perceber de onde veio a ruga que surgiu marcada em sua expressão de momento e sente-se abençoada. Era ela uma das pessoas que mais sabia sorrir, que mais teimava em sorrir, que mais insistia em sorrir.

De repente ela se deu conta que a marca “mágica” em seu rosto era a representação de sua força, de sua alegria e de sua maturidade aliada a sabedoria daqueles que riem sem economia, sem constrangimento, com determinação.
De repente já não mais se incomodava, na verdade curtia e sentia-se orgulhosa de ostentar aquilo que para ela agora parecia um troféu.
Sentiu-se plena, inteira mesmo, de bem com a vida e amiga do tempo.
Penteia os cabelos e resolve deixá-los soltos, colore os lábios, os olhos e as bochechas para desta forma fazer parceria com a alegria da vida. Veste seu vestido mais bonito e sai como a dizer a todos que encontra “cresci,vivi e me sinto mais livre, mais senhora de mim”. E como é bom estar consigo mesma, afinal a maturidade não é pra qualquer um. Porque envelhecer é algo que pode acontecer a todos, mas a maturidade… ahhh, essa é conquista de poucos.

A maturidade é conquista daqueles que aprenderam o desapego, que acenderam a esperança em si mesmos e que sabem lidar com a vida, cultivando a certeza de que não existe fim.

A maturidade é privilégio daqueles que levam consigo a certeza de que todo aprendizado, toda conquista, todo carinho dispensado e recebido seguirão consigo neste caminho sem fim que chamamos de Vida.

Léia Carvalho

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"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação."

Chico Xavier & Emmanuel





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