por Miro Saldanha
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A vida ensina batendo e nos cobra o tempo perdido,
pois todo o drama vivido é uma lição diferente;
e cada corte sofrido o tempo cose com arte
porém, quando um filho parte,
vai-se um pedaço da gente!
Ao sol da primavera eu levantei meu rancho;
meus trastes de andarilho, pendurei num gancho;
decidido a parar, lancei raízes.
E, aos poucos, do meu jeito, tudo foi se erguendo;
e olhar o que eu fazia, aos poucos foi fazendo
meus dias de labuta mais e mais felizes!
Um dia tu chegaste, pra minha alegria
e, em vão, eu te falei do muito que eu sabia
do pouco que se sabe aos verdes anos.
E, um dia, tu partiste, pra minha tristeza;
e a saudade ocupou o teu lugar à mesa
sem que ao menos pudesse te falar dos planos!
Que o anjo dos caminheiros,
que nos assiste no adeus,
seja o fiel companheiro
de todos os dias teus;
que não te sintas sozinho;
teus passos também são meus;
que todos os teus caminhos
tenham as bênçãos de Deus!
Eu sei que da ilusão mundana nada sobra;
que o homem volta ao pó e fica sua obra
à mercê dos caprichos da memória!
Por isso te escrevi, meu filho, esta vontade
que conserves o rancho com dignidade,
pois cada pedra dele conta minha história!
Eu te espero na figueira (a sombra é sempre boa);
na garça que serena pousa na lagoa;
no poente que adormece a pampa nua.
E lá, na minha campa, onde o gado berra,
tu me leva nas mãos um pouco desta terra
e me mostra, em segredo, pra eu saber que é tua!

Benção ao filho ausente - Miro Saldanha

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Chico Xavier & Emmanuel






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