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Imagine agora que esteja confortavelmente em meio à natureza, sentado num local tranquilo, escutando o som dos pássaros, sentindo o sol acariciando sua pele, apreciando a deslumbrante paisagem de matizes variados. As sensações são tão agradáveis que você expressa em sua fisionomia a suavidade do momento, com um sorriso sereno. Inspirando profundamente, você solta um suspiro de agradecimento e cantarola uma canção que lhe toca o coração.

Os cinco sentidos nos colocam em contato com a vida terrena. Você está se comunicando com o ambiente e com todas as coisas. Seu corpo e sua mente sentem e reagem aos estímulos externos. Assim lhes servem seus cinco sentidos. Mas não é só isto que sentimos. Existe algo mais, um sexto sentido que nos leva além.

Intermediando a comunicação entre você e o plano sutil, a mediunidade é o sexto sentido, uma ponte que une os mundos material e espiritual. Ela está presente em seu encontro com a natureza, o trabalho, no supermercado, vinte e quatro horas por dia, tanto quanto os seus cinco sentidos. Porém, não há como adentrarmos as sensações sutis se não pelo próprio corpo, enquanto encarnados. Seus sintomas são percebidos e interpretados no plano material.

Recebemos as influências do mundo astral que provocam uma série de reações em nossa fisiologia, no corpo e na mente. Nem sempre o que sentimos no corpo é causado por estímulos materiais, assim como nem sempre nos pertencem os pensamentos que surgem à mente.

Em inúmeros casos, sintomas mediúnicos são confundidos com problemas de natureza física e psicológica. Tratados erradamente, como disfunções e enfermidades, fazem proliferar os desequilíbrios mediúnicos.

A mediunidade nos faz sentir as emanações de origem sutil, em contato com as energias e espíritos ao redor. Tocando nosso campo áurico, um espírito desencarnado pode se comunicar conosco.

Dentre a variedade de médiuns e a diversidade mediúnica, os espíritos desencarnados se expressam por todos os sentidos físicos que são aguçados com seu toque e pela intuição e envolvimento mental. Podemos sentir sua dor, seu sofrimento ou seu bem-estar e amorosidade.

A aproximação de um espírito provoca uma tensão natural nas fibras áuricas que como cordas vibram alcançando o cérebro e o corpo que reagem conforme estimulados. Os sintomas para um médium desavisado podem parecer um tanto desagradáveis. Acontece que ao nos sensibilizar, o sistema endócrino passa a agir, o metabolismo se altera pela presença do espírito comunicante.

Os dez sintomas principais que aqui descrevo são uma síntese que reúne o conhecimento que adquiri por meio de minha experiência mediúnica pessoal, experimentos em grupos e em consultório, além do embasamento em estudos realizados tanto nos livros espíritas quanto em outras literaturas esotéricas.

São sintomas referentes aos médiuns mais aflorados e ostensivos, que têm a condição mediúnica para a incorporação, a forma mais intensa de contato mediúnico com o corpo e mente do médium.

A incorporação é um termo que não explica literalmente o processo. O médium não deixa seu corpo para que outro espírito o assuma totalmente. Existe apenas o afastamento de um e a aproximação do outro que lhe imprime na aura, chacras e plexos nervosos, a tensão necessária para o fenômeno. O processo pode ser consciente, parcial e raramente inconsciente.

Todas as modalidades mediúnicas podem estar presentes a partir da incorporação. A fala, a audiência, a psicografia, os fenômenos de manipulação de ectoplasma para a cura, entre outros. Então, vejamos a incorporação como o intercâmbio mais assertivo entre espírito desencarnado e encarnado.

Não há um consenso na classificação da mediunidade, mesmo dentro do espiritismo. Lembre-se que tanto quanto somos todos humanos, ao mesmo tempo, somos pessoas únicas e com características que nos diferem. A mediunidade também é particularizada segundo o modo especial que cada médium tem de sentir e interpretá-la.

Edgard Armond, em seu livro "Mediunidade - Seus Aspectos, Desenvolvimento e Utilização", coloca com propriedade que: (...) não há obra completa das realizadas por mão humana (...)

Sem abalar os alicerces da doutrina espírita, Armond admite a possibilidade de revisão em seus detalhes, segundo pontos de vista mais atuais. Afinal, tudo muda e evolui, inclusive no que concerne à mediunidade, assunto tão complexo. Portanto, não tenho a intenção de afirmar que estes sejam os únicos sintomas ou que aqui se encontre a melhor descrição.

Em termos gerais, os dez sintomas mediúnicos que caracterizam a aproximação e contato do espírito para incorporação em um médium com alto grau de sensibilidade são:

01 - Arrepios com sensação de frio ou calor em regiões do corpo como rajadas.

02 - Formigamento dos membros, principalmente das mãos.

03 -Tremores incontroláveis pelo corpo, que podem surgir como solavancos.

04 - Peso na região das costas entre as escápulas, nas pernas e braços.

05 - Entorpecimento geral dos sentidos usuais, com sensação de despersonalização e desrealização.

06 - Tontura, enjoos, falta de ar, aceleração cardíaca.

07 - Sensação de nó na região da garganta para a psicofonia.

08 - Sono, movimento acelerado dos olhos e pálpebras pesadas como em sono REM.

09 - Suor frio nas mãos.

10 - Bocejos e olhos lacrimejantes são sintomas físicos provenientes de causas mediúnicas e que urgem a conscientização por parte dos médiuns que desconhecem seu sexto sentido e que neste âmbito estão à mercê de assédios de toda ordem.


A grande maioria desconhece a natureza orgânica da mediunidade e seu mecanismo. A sintomatologia citada, de forma alguma, determina a categoria vibracional do espírito comunicante. Os instrutores espirituais, quando necessário, operam o seu rebaixamento vibratório, para alcançarem nossa sintonia.

A mediunidade sempre existiu, o que nos falta é admiti-la. Negá-la é como extirpar parte de nosso ser e reprimir nossa conexão com a espiritualidade e com o Todo.

Primeiro, devemos incorporar a nós mesmos, porque andamos perdidos de nossa essência. Compreender o sexto sentido é trazer à tona o espírito imortal que nos habita na breve experiência terrena.

O médium que se esquece de seu mundo interno deixa sua mediunidade à deriva.

Seja Amor!

Autora: Nayla Prado

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"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação."

Chico Xavier & Emmanuel





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